Esta matéria foi publicada pelo G1, o Globo http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/06/pais-e-filhos-gays-levam-parentes-para-parada-em-sp.html
26/06/2011 05h33 - Atualizado em 26/06/2011 05h52
Pais e filhos gays levam parentes para a Parada em SP
Evento acontece no domingo (26), na Avenida Paulista.
Professor irá com a filha e o namorado para a festa.
Paulo Toledo PizaDo G1 SP
Luís (à esq.) irá à Parada com a filha Samara e o namorado Jaison (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Pais com filhos homossexuais e casais gays com filhos e enteados héteros prometem se juntar a milhões de pessoas no domingo (26) para festejar na Avenida Paulista, em São Paulo, o orgulho gay. A tradicional Parada LGBT deve reunir ao menos 3 milhões de pessoas na via, símbolo da capital paulista.
O professor de matemática e cabeleireiro Luis Fernando Molinari, de 49 anos, que se descobriu gay há 17, levará o namorado e a filha para participar do evento. Fruto de um casamento hétero que teve durante 13 anos, a estudante Samara Molinari, de 18, é mais que uma filha para Molinari. “Ela é muito companheira. Quando ela era adolescente eu já a levava a baladas gays.” Apesar de ser heterossexual, a jovem afirma gostar da Parada por causa do agito. “A gente vai com um grupo de amigos comuns e ficamos sossegados, só aproveitando.”
O tema da 15ª edição da parada é o combate à homofobia. Apesar de o preconceito ainda afetar a vida dos gays, avanços são evidentes, como relatou Luís. “Eu sempre me senti gay, mas não poderia ter me assumido quando jovem. Naquela época não podia. Não tinha maturidade suficiente.”
Por seguir o que era comum na década de 1980, ele casou com uma mulher e teve três filhos. “Eu já sabia que o relacionamento tinha data de validade marcada.” Agora, com a recente decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à união estável entre pessoas do mesmo sexo, ele pretende casar com o namorado, o também cabeleireiro Jaison dos Santos Andrade, de 22 anos. “Está tudo pronto para o ano que vem. Vamos fazer uma cerimônia religiosa e civil.”
O fato de ser filha de um homossexual nunca foi problema para Samara. Mesmo assim, temendo discriminação, seu pai sempre a aconselhou a não falar sobre a opção sexual. “Quando era pequena, só contava para quem eu conhecia e confiava”, disse a estudante.
Família colorida
A auxiliar administrativa Fabiana Aparecida Pires, de 21 anos, irá aproveitar a proximidade de sua casa da Rua da Consolação, por onde passarão os festeiros e os carros durante a parada, para se divertir com amigos, a mãe e a madrasta.
Fabiana diz que sempre se sentiu gay, mas descobriu sua verdadeira orientação quando começou a namorar outra menina, aos 15 anos. “Eu nunca fiquei com meninos.” Já sua mãe, a aposentada Célia Pires, de 55 anos, acredita que tornou-se homossexual.
Após um casamento conturbado, Célia foi morar em Araxá, Minas Gerais. A calmaria em comparação à agitação de São Paulo foi o que fez a aposentada se mudar com os dois filhos para a cidade mineira, onde conheceu a ex-jogadora de futebol Aliani Lourenço da Silva, de 46 anos. “Quando eu vi ela pela primeira vez, senti algo estranho, como quando você vê algum homem bonito”, lembrou.
Com o passar do tempo, a amizade foi crescendo até que, durante um jantar, Aliani “roubou” um beijo de Célia. “Ela ficou catatônica. Pensei que tinha estragado tudo e pedi desculpas”, afirmou. Célia não soube o que dizer. “O maior preconceito senti de mim contra mim mesma.”
Ponderando a respeito dos seus sentimentos, a aposentada viu que realmente estava apaixonada por alguém do mesmo sexo. Ao se declarar a Aliani, ouviu da companheira um conselho: “Perguntei se ela estava preparada, porque ia enfrentar muito preconceito.” A previsão da ex-atleta se cumpriu. Mal assumiu-se gay, Célia, então com 51 anos, viu amigos e parentes se afastarem dela. “Por isso, não anuncio aos quatro ventos minha opção.”
O casal de filhos encarou cada um de seu modo. Fabiana ficou feliz com a opção da mãe e brincou: “Como vou chamar a Aliani? De padrasta?” Seu irmão, que tem 22, inicialmente ficou chocado. Agora, porém, aceita normalmente e trata a namorada da mãe como parente. “Somos uma família normal”, disse a aposentada.
No ano passado, ela, seus dois filhos voltaram para São Paulo em busca de novas oportunidades de emprego e estudo. Célia e Fabiana quiseram ir à Parada e se surpreenderam com o clima divertido e de confraternização presente. “Lá, somos mais humanizados, mais respeitados”, concluiu a aposentada.
Levar a família para a Parada, segundo os entrevistados, é uma forma de homenagear os parentes pelo apoio da família. Fernanda Estima, de 42 anos, pela terceira vez consecutiva levará para a Parada seu filho João Pedro, de 11, e a namorada, a fisioterapeuta Juliana Sá, de 35. Ao se revelar gay, há 3 anos e meio, Fernanda sofreu preconceito principalmente do ex-marido.
Temendo uma reação semelhante do filho pequeno, demorou algum tempo para encontrar a melhor forma de contar a ele sobre a novidade. “Para meu espanto, surpresa e orgulho, ele abraçou a Ju e disse: ‘Estou feliz que você é minha segunda mãe’.”
Por estar com uma criança, a família ficará em uma área mais reservada, na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. “Não dá para entrar na muvuca. De longe dá para explicar cada carro.”
Para ela, o convívio desde pequeno com homossexuais faz com que crianças como seus filhos sejam mais tolerantes e receptivos ao diferente. Até hoje, João Pedro jamais foi zombado pela opção da mãe. E se isso acontecer, Fernanda é enfática. “Confio em seu bom senso e na boa formação que ele tem. Sei que ele saberá lutar pelos seus direitos.”
Célia (à esq.), sua filha e a namorada também vão à Parada Gay (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)..."
Vejam, o que vemos é apenas o início de uma caminhada dolorosa para vida familiar. Não somos contra a opção, mas não podemos nos calar, como Cristão, diante da destruição da Imagem e Semelhança de Deus. Cuidado amigos e amigas, o que hoje aparenta ser alegria, será uma eterna tristeza, uma verdadeira prisão.
Lutem, busquem Deus enquanto ele se deixa alcançar,
Agora, no dia 26.06. a noite vamos, por pelo G1, ver como foi a Parada em SP.
26/06/2011 20h23 - Atualizado em 26/06/2011 21h06
Organização estima em 4 milhões público da Parada Gay de SP
Apesar da chuva, participantes lotaram a Paulista neste domingo (26).
PM diz não ter dado de público; casos de furto e tráfico foram registrados.
Carolina Iskandarian e Letícia MacedoDo G1 SP
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Público chega à Praça Roosevelt, ponto final da Parada (Foto: Raul Zito/G1)
A organização da 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) fez uma estimativa de 4 milhões de participantes na noite deste domingo (26), minutos após o fim do evento, no Centro de São Paulo. A PM, no entanto, disse não ter um balanço do número de participantes.
Apesar da chuva, o público lotou a Avenida Paulista e a Rua da Consolação durante a festa, que teve início às 13h. O último trio deixou as ruas por volta das 18h30. Ao todo, 16 trios elétricos animaram o público.
“A gente bateu o recorde. Achamos que a chuva ia atrapalhar, mas foi o contrário. A Parada foi muito tranquila. Foi incrível. Nossa mensagem foi passada”, afirmou Leandro Rodrigues, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros. O tema deste ano foi: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!”
Rodrigues disse que o número de frequentadores ainda passará por uma checagem e que o dado preciso deverá ser divulgado até esta segunda-feira (27).
O desfile terminou na Praça Roosevelt, na região central. Para evitar confusões, a Polícia Militar colocou na região 1.500 policiais – foram 800 no ano passado. Além disso, a associação responsável por organizar a festa contratou 400 seguranças particulares.
Durante o evento, segundo o major da PM Wagner Rodrigues, porta-voz da corporação, oito pessoas foram presas. Elas foram conduzidas às delegacias por suspeita de furtos, roubos ou tráfico de drogas. Participantes reclamaram que tiveram máquinas fotográficas, óculos de sol e celulares levados pelos detidos.
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26/06/2011 05h33 - Atualizado em 26/06/2011 05h52
Pais e filhos gays levam parentes para a Parada em SP
Evento acontece no domingo (26), na Avenida Paulista.
Professor irá com a filha e o namorado para a festa.
Paulo Toledo PizaDo G1 SP
Luís (à esq.) irá à Parada com a filha Samara e o namorado Jaison (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Pais com filhos homossexuais e casais gays com filhos e enteados héteros prometem se juntar a milhões de pessoas no domingo (26) para festejar na Avenida Paulista, em São Paulo, o orgulho gay. A tradicional Parada LGBT deve reunir ao menos 3 milhões de pessoas na via, símbolo da capital paulista.
O professor de matemática e cabeleireiro Luis Fernando Molinari, de 49 anos, que se descobriu gay há 17, levará o namorado e a filha para participar do evento. Fruto de um casamento hétero que teve durante 13 anos, a estudante Samara Molinari, de 18, é mais que uma filha para Molinari. “Ela é muito companheira. Quando ela era adolescente eu já a levava a baladas gays.” Apesar de ser heterossexual, a jovem afirma gostar da Parada por causa do agito. “A gente vai com um grupo de amigos comuns e ficamos sossegados, só aproveitando.”
O tema da 15ª edição da parada é o combate à homofobia. Apesar de o preconceito ainda afetar a vida dos gays, avanços são evidentes, como relatou Luís. “Eu sempre me senti gay, mas não poderia ter me assumido quando jovem. Naquela época não podia. Não tinha maturidade suficiente.”
Por seguir o que era comum na década de 1980, ele casou com uma mulher e teve três filhos. “Eu já sabia que o relacionamento tinha data de validade marcada.” Agora, com a recente decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à união estável entre pessoas do mesmo sexo, ele pretende casar com o namorado, o também cabeleireiro Jaison dos Santos Andrade, de 22 anos. “Está tudo pronto para o ano que vem. Vamos fazer uma cerimônia religiosa e civil.”
O fato de ser filha de um homossexual nunca foi problema para Samara. Mesmo assim, temendo discriminação, seu pai sempre a aconselhou a não falar sobre a opção sexual. “Quando era pequena, só contava para quem eu conhecia e confiava”, disse a estudante.
Família colorida
A auxiliar administrativa Fabiana Aparecida Pires, de 21 anos, irá aproveitar a proximidade de sua casa da Rua da Consolação, por onde passarão os festeiros e os carros durante a parada, para se divertir com amigos, a mãe e a madrasta.
Fabiana diz que sempre se sentiu gay, mas descobriu sua verdadeira orientação quando começou a namorar outra menina, aos 15 anos. “Eu nunca fiquei com meninos.” Já sua mãe, a aposentada Célia Pires, de 55 anos, acredita que tornou-se homossexual.
Após um casamento conturbado, Célia foi morar em Araxá, Minas Gerais. A calmaria em comparação à agitação de São Paulo foi o que fez a aposentada se mudar com os dois filhos para a cidade mineira, onde conheceu a ex-jogadora de futebol Aliani Lourenço da Silva, de 46 anos. “Quando eu vi ela pela primeira vez, senti algo estranho, como quando você vê algum homem bonito”, lembrou.
Com o passar do tempo, a amizade foi crescendo até que, durante um jantar, Aliani “roubou” um beijo de Célia. “Ela ficou catatônica. Pensei que tinha estragado tudo e pedi desculpas”, afirmou. Célia não soube o que dizer. “O maior preconceito senti de mim contra mim mesma.”
Ponderando a respeito dos seus sentimentos, a aposentada viu que realmente estava apaixonada por alguém do mesmo sexo. Ao se declarar a Aliani, ouviu da companheira um conselho: “Perguntei se ela estava preparada, porque ia enfrentar muito preconceito.” A previsão da ex-atleta se cumpriu. Mal assumiu-se gay, Célia, então com 51 anos, viu amigos e parentes se afastarem dela. “Por isso, não anuncio aos quatro ventos minha opção.”
O casal de filhos encarou cada um de seu modo. Fabiana ficou feliz com a opção da mãe e brincou: “Como vou chamar a Aliani? De padrasta?” Seu irmão, que tem 22, inicialmente ficou chocado. Agora, porém, aceita normalmente e trata a namorada da mãe como parente. “Somos uma família normal”, disse a aposentada.
No ano passado, ela, seus dois filhos voltaram para São Paulo em busca de novas oportunidades de emprego e estudo. Célia e Fabiana quiseram ir à Parada e se surpreenderam com o clima divertido e de confraternização presente. “Lá, somos mais humanizados, mais respeitados”, concluiu a aposentada.
Levar a família para a Parada, segundo os entrevistados, é uma forma de homenagear os parentes pelo apoio da família. Fernanda Estima, de 42 anos, pela terceira vez consecutiva levará para a Parada seu filho João Pedro, de 11, e a namorada, a fisioterapeuta Juliana Sá, de 35. Ao se revelar gay, há 3 anos e meio, Fernanda sofreu preconceito principalmente do ex-marido.
Temendo uma reação semelhante do filho pequeno, demorou algum tempo para encontrar a melhor forma de contar a ele sobre a novidade. “Para meu espanto, surpresa e orgulho, ele abraçou a Ju e disse: ‘Estou feliz que você é minha segunda mãe’.”
Por estar com uma criança, a família ficará em uma área mais reservada, na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. “Não dá para entrar na muvuca. De longe dá para explicar cada carro.”
Para ela, o convívio desde pequeno com homossexuais faz com que crianças como seus filhos sejam mais tolerantes e receptivos ao diferente. Até hoje, João Pedro jamais foi zombado pela opção da mãe. E se isso acontecer, Fernanda é enfática. “Confio em seu bom senso e na boa formação que ele tem. Sei que ele saberá lutar pelos seus direitos.”
Célia (à esq.), sua filha e a namorada também vão à Parada Gay (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)..."
Vejam, o que vemos é apenas o início de uma caminhada dolorosa para vida familiar. Não somos contra a opção, mas não podemos nos calar, como Cristão, diante da destruição da Imagem e Semelhança de Deus. Cuidado amigos e amigas, o que hoje aparenta ser alegria, será uma eterna tristeza, uma verdadeira prisão.
Lutem, busquem Deus enquanto ele se deixa alcançar,
Agora, no dia 26.06. a noite vamos, por pelo G1, ver como foi a Parada em SP.
26/06/2011 20h23 - Atualizado em 26/06/2011 21h06
Organização estima em 4 milhões público da Parada Gay de SP
Apesar da chuva, participantes lotaram a Paulista neste domingo (26).
PM diz não ter dado de público; casos de furto e tráfico foram registrados.
Carolina Iskandarian e Letícia MacedoDo G1 SP
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Público chega à Praça Roosevelt, ponto final da Parada (Foto: Raul Zito/G1)
A organização da 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) fez uma estimativa de 4 milhões de participantes na noite deste domingo (26), minutos após o fim do evento, no Centro de São Paulo. A PM, no entanto, disse não ter um balanço do número de participantes.
Apesar da chuva, o público lotou a Avenida Paulista e a Rua da Consolação durante a festa, que teve início às 13h. O último trio deixou as ruas por volta das 18h30. Ao todo, 16 trios elétricos animaram o público.
“A gente bateu o recorde. Achamos que a chuva ia atrapalhar, mas foi o contrário. A Parada foi muito tranquila. Foi incrível. Nossa mensagem foi passada”, afirmou Leandro Rodrigues, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros. O tema deste ano foi: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!”
Rodrigues disse que o número de frequentadores ainda passará por uma checagem e que o dado preciso deverá ser divulgado até esta segunda-feira (27).
O desfile terminou na Praça Roosevelt, na região central. Para evitar confusões, a Polícia Militar colocou na região 1.500 policiais – foram 800 no ano passado. Além disso, a associação responsável por organizar a festa contratou 400 seguranças particulares.
Durante o evento, segundo o major da PM Wagner Rodrigues, porta-voz da corporação, oito pessoas foram presas. Elas foram conduzidas às delegacias por suspeita de furtos, roubos ou tráfico de drogas. Participantes reclamaram que tiveram máquinas fotográficas, óculos de sol e celulares levados pelos detidos.
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Suspeitos de furto são conduzidos por
guardas-civis (Foto: Raul Zito/G1)
Com alguns dos suspeitos levados ao 4º Distrito Policial (na Consolação) e ao 78º DP (nos Jardins) foram apreendidos160 frascos de lança-perfume e 72 porções de cocaína.
Apesar das prisões, nenhum objeto foi recuperado, segundo o delegado Luciano Augusto Pires Filho, do 4º DP. "Eles fazem arrastão e dispersam. Os que foram pegos não estavam com nada", disse.
O programador Samuel de Almeida Prado, de 24 anos, uma das vítimas dos criminosos durante a Parada, foi ao 4º DP registrar a ocorrência. Ele contou que teve o documento do carro e o telefone celular furtados. "No que eu senti a mão no bolso, virei e não achei. Não consegui ver quem pegou", disse ele, que foi ao evento pela segunda vez. De acordo com Prado, neste momento as pessoas que estavam em cima do trio começaram a gritar: "Pega, pega". E um jovem foi identificado.
Limpeza
Logo após a passagem do público pela Paulista, PMs fizeram um cordão para possibilitar a limpeza das ruas. Às 19h30, tanto a Paulista quanto a Consolação foram liberadas para o tráfego.
Novamente neste ano as fantasias deram o tom da festa. Várias pessoas aproveitaram o evento também para protestar, como um grupo de índios do Alto Xingu (MT), que levou faixas contra a construção da usina de Belo Monte.
Ex-BBBs marcaram presença na Parada. Daniel, da última edição, fez parte de um dos trios. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também compareceu e discursou ao lado da senadora Marta Suplicy (PT-SP).
Considerada a diva da Parada, Preta Gil foi ao local e também falou sobre o evento. "Acredito na diversidade e na inclusão. Sempre fui militante da causa GLS porque é a minha causa e de todo ser humano que entende a complexidade de ser humano."
Concentração aconteceu na frente do Masp (Foto: Daigo Oliva/G1)
Pastoras lésbicas querem fazer 'evangelização' na Parada Gay de SP
Lanna Holder e Rosania Rocha dizem que movimento perdeu o propósito.
Organização diz que evento continua reivindicando direitos humanos.
Do G1 SP
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Para o casal de pastoras, a Parada Gay perdeu seu propósito inicial de lutar pelos direitos dos homossexuais (Foto: Clara Velasco/G1)
Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.
“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”
As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.
Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”
Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”
Negação e aceitação da sexualidade
As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.
guardas-civis (Foto: Raul Zito/G1)
Com alguns dos suspeitos levados ao 4º Distrito Policial (na Consolação) e ao 78º DP (nos Jardins) foram apreendidos160 frascos de lança-perfume e 72 porções de cocaína.
Apesar das prisões, nenhum objeto foi recuperado, segundo o delegado Luciano Augusto Pires Filho, do 4º DP. "Eles fazem arrastão e dispersam. Os que foram pegos não estavam com nada", disse.
O programador Samuel de Almeida Prado, de 24 anos, uma das vítimas dos criminosos durante a Parada, foi ao 4º DP registrar a ocorrência. Ele contou que teve o documento do carro e o telefone celular furtados. "No que eu senti a mão no bolso, virei e não achei. Não consegui ver quem pegou", disse ele, que foi ao evento pela segunda vez. De acordo com Prado, neste momento as pessoas que estavam em cima do trio começaram a gritar: "Pega, pega". E um jovem foi identificado.
Limpeza
Logo após a passagem do público pela Paulista, PMs fizeram um cordão para possibilitar a limpeza das ruas. Às 19h30, tanto a Paulista quanto a Consolação foram liberadas para o tráfego.
Novamente neste ano as fantasias deram o tom da festa. Várias pessoas aproveitaram o evento também para protestar, como um grupo de índios do Alto Xingu (MT), que levou faixas contra a construção da usina de Belo Monte.
Ex-BBBs marcaram presença na Parada. Daniel, da última edição, fez parte de um dos trios. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também compareceu e discursou ao lado da senadora Marta Suplicy (PT-SP).
Considerada a diva da Parada, Preta Gil foi ao local e também falou sobre o evento. "Acredito na diversidade e na inclusão. Sempre fui militante da causa GLS porque é a minha causa e de todo ser humano que entende a complexidade de ser humano."
Concentração aconteceu na frente do Masp (Foto: Daigo Oliva/G1)
Pastoras lésbicas querem fazer 'evangelização' na Parada Gay de SP
Lanna Holder e Rosania Rocha dizem que movimento perdeu o propósito.
Organização diz que evento continua reivindicando direitos humanos.
Do G1 SP
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Para o casal de pastoras, a Parada Gay perdeu seu propósito inicial de lutar pelos direitos dos homossexuais (Foto: Clara Velasco/G1)
Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.
“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”
As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.
Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”
Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”
Negação e aceitação da sexualidade
As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.
O casal passou por sessões de descarrego e
regressão por causa da orientação sexual (Foto:
Clara Velasco/G1)
“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.
A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”
Igreja Cidade de Refúgio
Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.
Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.
Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.
regressão por causa da orientação sexual (Foto:
Clara Velasco/G1)
“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.
A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”
Igreja Cidade de Refúgio
Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.
Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.
Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.
Então amados, estas são as matérias estatuídas pelo G1, dá para notar bem do que temos falado neste blog, temos que amar a todos sem medidas, mas ajudá-los a entender que a escolha é perigosa.
Viva as Nossas Famílias. Consagremos as Nossas Famílias, imediatamente, a Vontade de Deus, de acordo com os ensinamentos bíblicos.
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