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"O SENHOR É MISERICORDIOSO E COMPASSIVO, MAS NÃO COMPLACENTE."

quinta-feira, 23 de junho de 2011

EUCARISTIA O CENTRO DE NOSSA FÉ.






O que é a Eucaristia? É o sacramento instituído pelo próprio Cristo, na última ceia. É o sacrifício do Seu Próprio Corpo, Sangue, Alma e Divindade, instituído para perpetuar por todos os séculos no meio de nós, para recordarmos da morte e ressurreição do Senhor Jesus. É Presença real do Senhor no meio de seu povo,vivo, pleno, santo, onde nesta quinta-feira celebramos a sua instituição.
História da Solenidade de Corpus Christi

No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124, pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparêncai de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofócio para essa ocasão. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: acidigital.com
A Igreja, Corpo Místico de Cristo, vive da Eucaristia, que é fonte segura e salutar para vida dos seus membros. Este mistério instituído pelo Senhor é com fito de nos assegurar o que Ele mesmo nos disse: “Estarei Sempre Convosco, até o fim do mundo”, Mt. 28,20. Que alegria podermos ter a presença vida do Cristo Ressuscitado, Vivo não somente no nosso meio, mas precisamente em nós. A certeza desta presença real, podemos observar quando Ele nos fala no Evangelho de São João Cap. 14,verso 23: "Se alguém me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada". São muitas promessas feitas para nós, em função desta presença real no nosso meio.

"Eu sou a videira, vós os ramos. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós"(Jo 15,4-5); "Eu sou o pão da vida"(Jo 6,35). "Quem come deste pão vive eternamente"(Jo 6,51); "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância"(Jo 10,10); "Não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo"(Rom 8,1); "Todo aquele que crê em Jesus terá a vida eterna e ressuscitará no último dia"(Jo 6,39-40);



Desde Pentecostes, a Igreja vem experimentando este mistério de Amor, o próprio Cristo nos dando seu próprio corpo para nos alimentar e da vida a esta Igreja.

Amados, hoje, dia  de Corpus Christi, vamos demonstrar cada vez mais a nossa unidade com o instituidor deste Mistério, devemos demonstrar cada vez mais, o zelo, quando nos alimentamos de nosso Deus, desde a preparação até a consumação real, para que não nos alimentemos de nossa próprio condenação (1Cor.11).
Obrigado, Deus Pai, em nome de Jesus, na Ação do Espírito, te agradecemos por tudo que vivemos hoje nesta Quinta-Feira Eucaristica.







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