SEJAM BENVIDOS.

"O SENHOR É MISERICORDIOSO E COMPASSIVO, MAS NÃO COMPLACENTE."

sexta-feira, 25 de março de 2011

A MINHA ESPERANÇA ESTÁ EM VÓS




“ Coloquem a esperança na Minha misericórdia os maiores pecadores. Eles têm mais direito do que outros à confiança no abismo da Minha misericórdia. (...) A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. “(Diário de Santa Faustina, 1146)
Jesus Misericordioso nós te louvamos te adoramos e te bendizemos. Precisamos direcionar a nossa vontade em consonância com a Vossa.
Amados, o tempo é este! É preciso! Tem termo! Aonde temos colocado a nossa esperança? Em quem podemos experimentar maior dádiva do que a que nos foi dada à nosso favor na Cruz?
Este tempo é propício para o refazimento de nossos ideais. A Quaresma nos convida a uma reflexão de vida, a observar as nossas atitudes, se estamos servindo, ou ainda estamos sentados, aguardando, esperando algum acontecimento extraordinário que venha a nosso favor.
Que passa em nossa cabeça nestes dias? Vamos aproveitar esta via amorosa que o Senhor nos propõe por meios de sua Infinita Misericórdia. Que a Graça e a Paz de Jesus Misericordioso fecunde cada vez mais os nossos corações, transformando-os em corações que amem sem medidas. Peçamos com confiança. Jesus Misericordioso! Eu Confio em Vós.

domingo, 20 de março de 2011

Novidades no Blog: Católica Tube, Orações Tube e Mural.

Boa noite, irmãos no Cristo!
Venho neste post dizer a vocês que oficialmente está lançado no blog três novas funcionalidades:

1- Católica Tube: Uma seleção de belas músicas para se ouvir e ver seus respectivos vídeos enquanto navega pelo blog, tendo uma playlist bem variada.

2 - Orações Tube: Ferramenta sua, meu irmão e irmã, que deseja orar, seja através de um simples Pai Nosso ou um Rosário, entre várias outras orações.

3 - Mural do Blog: Essa é a ferramenta que eu tenho para ter um maior contato com vocês, meus irmãos, além dos tradicionais comentários. Desde sugestões, conversas e partilhas até um simples bate-papo.

 Que vocês possam usufruir desses gadgets e que a Internet cada vez mais como via de evangelização.

Um abraço!

MISERICÓRDIA DE JESUS + MARIA SANTÍSSIMA = JOÃO PAULO II

No próximo dia 1º de maio de 2011,  Domingo da Misericórdia, em Roma, um dos filhos mais prediletos de Nossa Senhora será Beatificado, o  Venerável Papa João Paulo II, o 265º Papa. Este fato nos dá a certeza que o Pai das Misericórdias continua concorrendo a favor dos homens nestes tempos difíceis. O querido Papa João Paulo II (em latimIoannes Paulus PP. II, em  italiano: Giovanni Paolo II, em polonêsJan Paweł II), foi batizado com o nome de Karol Józef Wojtyła (18  de maio de 1920 – 2 de abril de 2005, com 84 anos), foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; apenas os papas São Pedro reinou trinta e quatro anos e o Papa Pio IX reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polonês até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o  Papa Adriano VI em 1522. A cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand do Mal de Parkinson foi o milagre reconhecido para a Beatificação, sinal claro e evidente do poder da intercessão em favor do próximo. 


                                                        João Paulo II, rogai por nós.

segunda-feira, 7 de março de 2011

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA ESTA QUARESMA

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
PAPA BENTO XVI
PARA A QUARESMA DE 201
1 
«Sepultados com Ele no baptismo,
foi também com Ele que ressuscitastes» (cf.
Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!
A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).
1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.
O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.
Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.
2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.
O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.
O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça deDeus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.
O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.
O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».
Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.
O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.
3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).
No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.
Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.
Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.
Vaticano, 4 de Novembro de 2010

BENEDICTUS PP. XVI
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sábado, 5 de março de 2011

Artigo N.º 1068 - Devoção a Divina Misericordia - Irmã Faustina...


DEVOÇÃO À DIVINA MISERICORDIA 


"Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a minha Misericórdia para o proveito das almas, as quais lendo estes escritos, experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim. E, por isso, desejo que dediques todos os momentos livres a escrever" (n° 1693).

A DIVINA MISERICÓRDIA(Festa: 1º. Domingo após a Páscoa)
 
A devoção à Divina Misericórdia foi pedida por Jesus à Irmã Faustina Kowalska, na Polônia.

As formas dessa devoção, de extrema eficácia à salvação das almas, são:

A Imagem,
A Festa (1º domingo depois da Páscoa),
A Novena,
O Terço, e
A Hora da Misericórdia Divina (às três horas da tarde).

A Hora da Misericórdia

Em 1933, Deus ofereceu a Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:  "Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que, somente por causa de Jesus, Deus está abençoando a Terra."

Jesus disse à Irmã Faustina:

"Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro."
"Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão."
"Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça. Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento."

O Terço da Misericórdia

Em 13 de setembro de 1935, Irmã Faustina escreve:

"Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus... a ponto de atingir a terra ... Eu comecei a implorar  intensamente a Deus  pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição..."

No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou esta oração nas contas do rosário:
o Terço da Misericórdia.

Disse Jesus a Irmã Faustina:

"Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz.
"....Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".  

A Festa da Misericórdia

O Diário de Irmã Faustina contém pelo menos quinze ocasiões nas quais se refere ao pedido do Senhor para que fosse estabelecida em toda a Igreja, oficialmente, a "Festa da Misericórdia". Ele disse:

"Desejo que a Festa de Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. (indulgência plenária) Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças.
Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate... A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas... Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia." (Diário nº.699)

Jesus também pediu que a Festa da Divina Misericórdia fosse precedida por uma Novena à Divina Misericórdiaa ser iniciada na Sexta-Feira Santa.Ele deu a Irmã Faustina uma intenção pela qual rezar a cada dia da Novena. Em seu diário, Irmã Faustina relata que Jesus lhe disse:

"Em cada dia da novena, conduzirás ao Meu coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai... Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha Misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga Paixão, graças para essas almas." (Diário nº.1209)



O TERÇO À DIVINA MISERICÓRDIA
        Como rezar:
            Para ser rezado nas contas do terço.
            "No começo: Pai Nosso..., Ave Maria..., e o Creio...
           
            A seguir, nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos:
            Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

         Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos:
            Pela Sua dolorosa Paixão; tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

         E no final do terço rezamos três vezes:
            Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteito.


A NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA
(Do DIÁRIO de santa Irmã Faustina)
            "NOVENA à Misericórdia Divina que Jesus me mandou escrever e rezar antes da Festa da Misericórdia, Começa na sexta-feira Santa. (A Festa da Misericórdia Divina acontece no primeiro domingo após a Páscoa.)
            Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.
   
Primeiro Dia – (Sexta-feira Santa).
Hoje, traze-Me a Humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da Minha misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.
Ó onipotência da misericórdia divina,
Socorro para o homem pecador,
Vós sois o oceano de misericórdia a de amor,
E ajudais a quem Vos pede humildemente.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda Humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa misericórdia, pelos séculos dos séculos. Amém.
   
Segundo Dia – (Sábado Santo).
Hoje, traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na Minha insondável misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.
A fonte do amor divino
Mora nos corações puros,
Banhados no mar da misericórdia ,
Brilhantes como as estrelas, luminosos como a aurora.
Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha: 
para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e, 
pelos sentimentos do Coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação, e juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável misericórdia, pelos séculos eternos. Amém.
   
Terceiro Dia – (Dia de Páscoa).
Hoje, traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da Minha misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.
As maravilhas da misericórdia são insondáveis;
Nem o pecador nem o justo as entenderá;
Para todos olhais com o olhar da compaixão
E a todos atraís para o Vosso amor.
Eterno Pai, olhai com o olhar da Vossa misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua dolorosa Paixão concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a Vossa imensa misericórdia, por toda a eternidade. Amem.
   
Quarto Dia
Hoje, traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na Minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o Meu Coração. Mergulha-os no mar da Minha misericórdia. Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai ma mansão do Vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não vos conhecem. Que os raios da Vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem, as maravilhas de Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do Vosso compassivo Coração.
Que a luz do Vosso amor
Ilumine as trevas das almas!
Fazei que essas almas Vos conheçam
E glorifiquem a Vossa misericórdia, juntamente conosco!
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
   
Quinto Dia
Hoje traze-me as almas dos cristãos separadas da unidade da Igreja e mergulha-as no mar da Minha misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Mesmo para aqueles que rasgaram o manto da Vossa Unidade
Flui do Vosso Coração uma fonte de compaixão;
A onipotência da Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode tirar também essas almas do erro.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos bens e abusaram das Vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do Vosso Filho e para sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a Vossa misericórdia por todos os séculos eternos. Amém
   
Sexto Dia
Hoje, traze-me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.
A alma verdadeiramente humilde e mansa
Já respira aqui na terra o ar do paraíso,
E o perfume do seu coração humilde
Encanta o próprio Criador.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas mansas, humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a Vosso Filho. O perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o Vosso Trono. Pai de misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas: abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à Vossa misericórdia, pelos séculos eternos. Amém
   
Sétimo Dia
Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.
A alma que glorifica a bondade do Senhor
É por Ele especialmente amada;
Ela está sempre próxima da fonte viva
E bebe as graças da misericórdia divina.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que glorificam e honram o Vosso maior atributo, isto é, a Vossa insondável misericórdia. Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino da misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a Vossa misericórdia segundo a esperança e a confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: As almas que veneram a Minha insondável misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a sua vida, e especialmente na hora da morte, como Minha glória. Amém
   
Oitavo Dia
Hoje, traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.
Do terrível ardor do fogo do purgatório
Ergue-se um lamento das almas a Vossa misericórdia;
E recebem consolo, alívio e conforto
Na torrente derramada do Sangue e da Água.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, Vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Santíssima Alma, mostreis Vossa misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da Vossa justiça. Não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, Vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a Vossa bondade e misericórdia são incomensuráveis. Amém
   
Nono Dia – (Sábado, vigília da Festa da Misericórdia)
Hoje, traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.
O fogo e o gelo não podem ser unidos,
Porque ou o fogo se apaga, ou o gelo se derrete;
Mas a Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode auxiliar indigências ainda maiores.
Eterno Pai, olhai com Vossa misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão de Vosso Filho e por Sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da Vossa misericórdia... Amém" (Diário 1209-1228).

Na NOVENA"O Senhor me disse para rezar o Terço [da misericórdia] por nove dias antes da Festa da Misericórdia (...)

Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças" (Diário 796).

Créditos do artigo: http://www.espacojames.com.br/?cat=36&id=1068


quarta-feira, 2 de março de 2011

HISTÓRIA DA IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO




HISTÓRIA
DA IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO
ZD
A casa onde foi pintada a primeira imagem de Jesus Misericordioso em Vilna (Vilnius, Lituânia).
Ao longe, a igreja que as autoridades soviéticas transformaram em prisão, ativa até 2008.
O padre Sopocko confiou a pintura da imagem de Jesus Misericordioso no início de 1934
ao pintor de Vilnius Eugênio Kazimirowski. A residência do pe. Sopocko e a residência e o ateliê de Kazimirowski localizavam-se no mesmo prédio. Durante a pintura da imagem, ao menos duas vezes por semana a irmã Faustina – que durante todo o período da pintura imagem permaneceu em Vilna (Vilnius, Lituânia) (veja Casa d Congregação– ia ao ateliê a fim de fornecer orientações
e sugerir detalhes relacionados com a aparência da imagem. O padre Sopocko cuidou pessoalmente que a imagem fosse pintada exatamente de acordo com as orientações da religiosa. A tela em que havia ordenado a pintura da imagem de Jesus Misericordioso foi por ele adaptada às dimensões de uma velha moldura que anteriormente lhe havia sido presenteada por uma paroquiana. A pintura se estendeu por cerca de seis meses, e quando o quadro já estava pintado
e pronto para ser exposto (Veja Recordações - pe. Miguel Sopocko), o pe. Sopocko, querendo ainda certificar-se quanto à legenda que nele devia figurar, pediu a irmã Faustina que se informasse
a esse respeito com Jesus Cristo:
”Em determinado momento, o confessor perguntou-me como deveria ser colocada
essa inscrição, visto que tudo isso não cabia nessa Imagem. Respondi que rezaria
e responderia na semana seguinte. Quando saí do confessionário e estava passando diante do Santíssimo Sacramento, recebi a compreensão interior de como devia ser
essa inscrição. Jesus me lembrou o que tinha dito na primeira vez, isto é, as palavras que devem ser salientadas: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 327).
”Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo,
com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 47).
”Ofereço aos homens um vaso,
com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia.
Esse vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 327).
A inscrição ditada, que constitui um elemento essencial da integridade do culto transmitido,
foi elaborada pelo pe. Sopocko numa placa adicional e por ele localizada na parte inferior
da imagem. A seguir, atendendo a uma explícita exigência de Jesus Cristo, transmitida pela irmã Faustina, o pe. Sopocko deu início aos empenhos para expor a imagem na igreja de S. Miguel,
em Vilna, da qual ele era reitor.
Em razão disso, no dia 4 de abril de 1937, com a autorização do metropolita de Vilna (Vilnius, Lituânia), o arcebispo Romualdo Jalbrzykowski, e após uma opinião positiva dos peritos,
a imagem de Jesus Misericordioso foi exposta na igreja de S. Miguel em Vilna, onde por cerca
de onze anos lhe devotaram a grande veneração que lhe cabia. Em 1941 uma outra comissão
de peritos, convocada a pedido do metropolita, declarou que ”essa imagem foi executada artisticamente e constitui um precioso patrimônio da arte religiosa contemporânea”.
(Protocolo da Comissão relacionado com a avaliação e a preservação da imagem do Salvador Misericordiosíssimo na igreja de S. Miguel em Vilna, do dia 27 de maio de 1941, assinado pelos peritos: professor de História da Arte Dr. M. Morelowski, professor de dogma pe. Dr. L. Puchaty
e conservador pe. Dr. P. Sledziewski). (Veja – Recordações - pe. Miguel Sopocko)
Imagem na igreja de Santo Miguel (1937-1948).
Em 1948, depois que as autoridades comunistas fecharam a igreja de S. Miguel, a imagem
(sem a moldura a inscrição nela presente) foi comprada de forma clandestina e ilegal
de um operário lituano que estava retirando os elementos decorativos do santuário.
Essa transação foi realizada por duas mulheres (uma polonesa e uma lituana), que tinham consciência das consequências que isso lhes podia acarrretar da parte das autoridades soviéticas. Elas retiraram da igreja a imagem enrolada e por algum tempo a esconderam num sótão, esperando passar o tempo das eventuais ameaças.
Mais tarde elas entregaram a imagem à igreja do Espírito Santo, onde havia sido depositado também todo o patrimônio móvel da igreja que fora fechada. O pároco da igreja do Espírito Santo, pe. João Ellert, não se mostrou interessado em ficar com a imagem nem em expô-la, e então escondeu-a num arquivo nos fundos da igreja. Somente em 1956 o pe. José Grasewicz, amigo
do pe. Sopocko, que havia voltado a Vilna após alguns anos de prisão num de trabalhos forçados soviético, decidiu reencontrar a imagem. Antes disso estabeleceu contato com o pe. Sopocko,
que estava muito preocupado porque até então não havia descoberto onde se encontrava
a imagem. O pe. Grosewicz obteve autorização voltar ao trabalho pastoral na paróquia de Nowa Ruda. Antes de partir de Vilna, pediu ao pároco da igreja do Espírito santo que entregasse
a imagem à sua paróquia, o que o pároco fez de bom grado. O pe. Grosewicz levou a imagem
a Nowa Ruda e a expôs na igreja, mantendo segredo a respeito da sua origem.
Naquele mesmo período o pe. Sopocko considerou a possibilidade de trazer a imagem à Polônia, no entanto deixou de se empenhar por isso quando se verificou que essa operação seria perigosa. Apesar das muitas mudanças na administração da igreja de Nowa Ruda (Bielo-Rússia), a imagem permaneceu nela por cerca de trinta anos. 


A imagem na igreja de Nowa Ruda, na atual Bielo-Rússia (1956-1986).
Em 1970, as autoridades de Nowa Ruda decidiram transformar a igreja num depósito.
Os pertences da igreja liquidada haviam sido levados a uma outra paróquia. A imagem, pendurada no alto, em razão de um motivo aparentemente fútil (falta de uma escada alta), permaneceu na igreja. O pe. Sopocko, preocupado com esse acontecimento, por estar
na Polônia nada pôde fazer a respeito. O pe. Grosewicz também não tinha a possibilidade
de atender ao pedido do pe. Sopocko – de transportar a imagem para um outro lugar seguro.
Ele teve de deixar a paróquia e nenhum padre na Bielorrússia teve a coragem de aceitar
a imagem.
A imagem de Jesus Misericordioso, por muitos anos deixada numa igreja de madeira
em abandono, somente graças à Divina Providência sobreviveu ao perigoso tempo do comunismo. A incerteza a respeito do destino da imagem acompanhou o pe. Sopocko até o fim da vida.
Por diversas vezes ele enviou pedidos confidenciais solicitando que a imagem fosse trazida
a Vilna. O pedido para expor a imagem em Ostra Brama (Ausros Vartai), em Vilna, onde pela primeira vez havia sido exposta para a veneração pública, foi transmitido somente em 1982
(já após a morte do pe. Sopocko). O então vigário de Ostra Brama, pe. Tadeusz Kondrusiewicz, achou essa ideia infundada e propôs que a imagem fosse exposta na igreja do Espírito Santo, onde era pároco o pe. Alexandre Kaszkiewicz, o qual, embora inicialmente a contragosto, finalmente concordou com a exposição da imagem. Dessa forma o pe. Grasewicz tomou
a decisão de trazer a imagem novamente a Vilna.
Para não provocar os comunistas, interessados pela origem incomum da imagem, numa noite
de novembro de 1986, sem o conhecimento dos habitantes de Nowa Ruda, que se reuniam para rezar na igreja abandonada, no lugar da imagem original foi exposta uma cópia previamente elaborada. Com a ajuda de irmãs religiosas de N. S. da Misericórdia (de Ostra Brama), cientes
do que estava ocorrendo, a imagem retirada da moldura de madeira foi enrolada e naquela mesma noite levada a Grodno, e mais tarde à igreja do Espírito Santo em Vilna.
Por ordem do pe. Kaszkiewicz, antes de ser exposta no altar a imagem danificada passou
por uma repintura. Essa intervenção modificou sensivelmente a aparência da face de Jesus Cristo, pelo que foi deformada a mensagem visual da imagem. Na imagem foi pintada em cor vermelha
a legenda JESUS, EU CONFIO EM VÓS. Além disso, para adaptar a imagem ao nicho do altar,
foi enrolada a sua borda inferior e na parte superior foi colado um remate oval adicional.
Essas mudanças não estavam de acordo com a composição artística primitiva da imagem elaborada em 1934 por E. Kazimirowski com a coparticipação de Irmã Faustina e do pe. Sopocko. Foi uma ingerência brutal que diminuiu sensivelmente o valor original da obra.

A imagem na igreja do Espírito Santo em Vilnius, Lituânia (1987-2005), antes e após a restauração.
Durante os trabalhos de conservação em 2003, foi devolvido à imagem o seu formato primitivo. Inteiramente renovada, a imagem permaneceu na igreja do Espírito Santo até setembro de 2005.  A igreja do Espírito Santo é a igreja paroquial dos poloneses residentes em Vilna. As missas
e as celebrações nessa igreja são conduzidas apenas em língua polonesa.



No início de 2004, o metropolita de Vilna (Vilnius, Lituânia) card. Audrys Juozas Backis tomou
a decisão de transferir a imagem de Jesus Misericordioso da igreja do Espírito Santo à pequena igreja vizinha da Santíssima Trindade, reconsagrada como Santuário da Divina Misericórdia.
Esse santuário devia tornar-se um lugar de adoração e oração para os devotos da Misericórdia Divina – independentemente da sua origem nacional.
O metropolita confiou o ministério da oração nesse santuário à Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso, que essa Congregação já exercia desde 2001 na igreja do Espírito Santo. 
Os paroquianos da igreja do Espírito Santo, que havia muitos anos cultuavam a “Santa Imagem”
e tinham consciência do seu extraordinário valor religioso, não aceitaram a decisão do metropolita. Tentaram então influenciar a sua mudança, protestando dia e noite durante dezessete meses. O motivo do protesto era que o santuário proposto era muito pequeno, não possuía base
de apoio e estava mal localizado (na vizinhança de locais de diversão).
Por isso não havia nele condições para a oração individual, contemplativa – veneração da Imagem de Jesus Misericordioso, para todos, a qualquer hora do dia. Os fiéis chamavam também a atenção para as necessidades dos peregrinos que chegavam e que desejavam participar sem restrições das celebrações em honra da Divina Misericórdia. As pessoas que protestavam estavam dispostas a participar de uma eventual transferência solene da imagem de Jesus Misericordioso
à igreja de S. Miguel, onde em 1937 havia sido exposta atendendo a um explícito pedido de Jesus transmitido à Irmã Faustina, ou da sua transferência a uma outra igreja grande. Em Vilna (Vilnius, Lituânia), chamada “Cidade das igrejas”, existem muitos grandes e belos santuários.
No entanto, sem uma tentativa de acordo com as pessoas que protestavam e sem a devida cerimônia litúrgica, inesperadamente a imagem de Jesus Misericordioso foi retirada.



Em setembro de 2005 a primeira imagem de Jesus Misericordioso foi exposta no Santuário
da Divina Misericórdia. Atualmente, nesse santuário, da mesma forma que em qualquer
outra igreja, são celebrados casamentos, batizados, etc.
SANTUÁRIO DA MISERICÓRDIA DIVINA
Vilnius, Lituânia, Rua Dominikonu 12



Em 2004, para a sede da Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso em Vilna,
o metropolita destinou a casa na qual foi pintada a primeira imagem de Jesus Misericordioso. Graças à liberalidade dos benfeitores, essa casa foi adaptada às necessidades do funcionamento dessa Congregação religiosa.


Casa na qual foi pintada a primeira imagem de Jesus Misericordioso.
Atualmente CASA DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE JESUS MISERICORDIOSO
Vilnius, Lituânia, Rua Rasu, 4a
A Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso, fundada pelo beato pe. Miguel Sopocko,
é uma comunidade multinacional, que realiza o seu carisma de difundir e suplicar a Misericórdia Divina para o mundo através da palavra, da ação e da oração em 36 casas religiosas.
Essa Congregação originou-se em 1941 em Vilna, atendendo a um desejo de Jesus Cristo transmitido à Santa Irmã Faustina. Em 2008 foi aprovada como instituto religioso de direito pontifício. (Veja decreto). (Veja Congregação).
Em junho de 1935, em Vilna, a Santa Irmã Faustina registrou em seu Diário:  
"Deus está exigindo que haja uma Congregação que proclame ao mundo
a misericórdia de Deus e que a peça para o mundo" (Diário, 436).
"Desejo que haja uma tal Congregação" (Diário, 437).




CONSERVAÇÃO DA IMAGEM
A primeira imagem de Jesus Misericordioso, exposta a partir de 1987 na igreja do Espírito Santo em Vilna, não despertou especial interesse, tanto dos peregrinos como das autoridades eclesiásticas. A falta de condições adequadas da exposição da imagem contribuiu para novas mudanças desfavoráveis em sua matéria.
Somente a partir de julho de 2001, com o consentimento do pe. Miroslau Grabowski, pároco
da igreja do Espírito Santo, a Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso pôde abrir
um novo núcleo em Vilna, aceito pela cúria local, e envolver com a sua proteção essa singular
e valiosa imagem.
Há algumas dezenas de anos, essa Congregação se empenha pela propagação da primeira imagem de Jesus Misericordioso, daquela que surgiu na atmosfera do milagre divino
– da oração e do sofrimento de Irmã Faustina, da sua presença e coparticipação.
Graças aos empenhos e à dedicação das irmãs, em abril de 2003 foi feita uma restauração geral da imagem, que se realizou na casa religiosa das Irmãs em Vilna. Da imagem foram retirados todos os acréscimos pintados, foram consertadas as partes danificadas e removidas as manchas que haviam surgido em consequência de umidade e de tentativas de removê-las com produtos químicos. Em consequência da restauração realizada, devolveu-se à imagem a aparência primitiva de Jesus Misericordioso.

Algumas deformações da tela não puderam ser removidas sem a utilização de cola. Trata-se
de vestígios das várias retiradas da imagem da sua moldura de madeira (orifícios provenientes
dos pregos que fixavam a imagem) e dos cerca de quatro centímetros enrolados da borda inferior (em 1987 a imagem havia sido adaptada ao nicho do altar na igreja do Espírito Santo).
Essas perdas, embora invisíveis na apresentação da imagem, constituem, no entanto,
um traço seu singular e caraterístico.
Dobra da borda inferior da imagem
(São visíveis os orifícios deixados pelos pregos, que permaneceram após a tríplice troca da moldura)
Durante a conservação em 2003, a imagem foi novamente presa na moldura com grampos.

Por iniciativa dos organizadores e benfeitores da restauração da imagem realizada em 2003
(Veja Cópia do contrato) – da Fundação dos Apóstolos de Jesus Misericordioso em Lodz (Polônia)
– em março de 2004 foi instituída na igreja do Espírito Santo em Vilna (Vilnius, Lituânia) uma sessão fotográfica profissional da imagem. Desde então, fotocópias da primeira imagem com
a efígie de Jesus Misericordioso, de 20 cm de eslaides realizados com uma câmera especial,
estão sendo divulgadas e fornecidas para a evangelização geral (Veja Imagem para impressão poligráfica).



”Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas;
que toda alma tenha, por isso, acesso a ela” (Diário, 570).



DOCUMENTAÇÃO
FOTOGRÁFICA DA CONSERVAÇÃO 
DA IMAGEM
Detalhe da imagem antes da restauração
Remoção do descascamento 
Após a remoção do descascamento
Detalhe da imagem após a conservação


A imagem antes da restauração
Após a remoção do descascamento


A imagem pós a restauração
Remoção do descascamento
As fotos provêm do arquivo da documentação restauradora de 2003
Apesar de ter sido realizada uma restauração geral da imagem, o estado do seu material ficou sensivelmente enfraquecido, razão pela qual ela deve ser exposta em condições adequadas, de acordo com as recomendações dos técnicos. A restauração da imagem foi realizada pela Sra. Edite Hankowski-Czerwinski, de Wloclawek (Polônia) e-mail: edycja@autograf.pl, retauradora de obras de arte, formada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Nicolau Copérnico de Torun (Polônia).
No dia 3 de agosto de 2009, no Santuário da Misericórdia Divina em Vilna, a restauradora
Edite Hankowski-Czerwinski realizou o controle periódico do estado da conservação da imagem. Ela definiu o estado da imagem como bom, não exigindo intervenção restauradora.


Fonte da materia acima: www.jesus-misericordioso.com