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"O SENHOR É MISERICORDIOSO E COMPASSIVO, MAS NÃO COMPLACENTE."

sexta-feira, 23 de março de 2012

A EXEMPLO DE SANTA BRIGIDA, O SENHOR ESPERA PELO MEU COMPROMISSO COM A CRUZ.

Como foi postado na edição anterior, Santa Brígida foi de vital importância, nestes tempos, para divulgação das mensagens chagadas de Jesus Cristo.

Vamos ver como isto aconteceu com ela,  com sua vida e entrega, fazendo exatamente o que nos pede a Quaresma, viveu, na adoração, contemplação, escuta, respondendo os designos que o  Senhor Sofredor a reservou, com fito de conversão e santificação de almas.


 
Fonte: Mensageira da Paz. 

Nascida em 1303, na cidade de Finstad, faleceu em 23 de julho de 1373 em Roma.

A Suécia é a terra natal, apesar de ter passado a metade de sua vida em Roma, nunca se esqueceu de sua terra no Norte, suas montanhas, suas lagoas escuras, seus campos de trigo e sua floresta aparecem em seus escritos. Ela sempre amou a natureza. Os romanos a respeitaram, mas não a compreenderam.

Ela nasceu como sétima filha do prefeito Birger e de sua esposa Ingeborg Sigride; foi no ano de 1303 no castelo de Finstad, perto de Upsala. Sua família era aparentada aos reis e era bem rica. Não faltou nada em sua casa, e ela se orgulhava da sua origem. Dos pais ela aprendeu a dominar seu temperamento bem forte. Seu pai fez uma romaria para Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém. Ele jejuou e se confessou todas as sextas-feiras, sua esposa Ingeborg também era piedosa.
 
A mãe já tinha falecido, quando aconteceu aquilo que mudou o rumo de sua vida. Uma pregação sobre a Paixão de Cristo comoveu profundamente o coração da menina Brígida de nove anos de idade. Ela passou uma noite ajoelhada e chorando, tremendo de frio diante de um crucifixo. A voz do Crucificado falou para ela: "Veja como fui maltratado!". Assutada, ela clamou: "Senhor, quem te fiz isso?". Cristo repondeu-lhe: "Fizeram aqueles que rejeitaram a Mim e o meu Amor".

Na idade de quatorze anos, ela atendeu o pedido do pai e se casou com o conde Ulf Gudmarson, de dezoito anos de idade. Ela assumiu as obrigações de uma dona de casa, esposa e mãe, deu a luz a quatro filhos e quatro filhas. Brígida passou pelas alegrias e sofrimentos de uma mãe, continuando piedosa. Seu marido também era homem religioso. O casal pertencia a Terceira Ordem de São Francisco. Os dois rezaram e jejuaram juntos, fizeram penitência, construíram hospitais e alimentaram, diariamente, pobres em sua mesa. Juntos eles leram a Bíblia, na nova tradução sueca de seu confessor Matias de Linköpning. Também assumiram cargos públicos de importância e os administraram com muita responsabilidade. Mais tarde o casal fez uma peregrinação para Drontheim, ao sepulcro de Santo Olaf, rei da Suécia. Visitaram o ilustre santuário do apóstolo Tiago, em Compostela, prestaram homenagens às relíquias dos Reis Magos em Colônia, visitaram o sepulcro de Santa Marta em Tarascon, e o Santuário de Santa Maria Madalena em Marseille.

O seu marido ficou curado de uma grave doença. Motivado por esta cura, ele fez votos de retirar-se para o Mosteiro de Monges em Alvastra. Brígida concordou. Ele viveria ainda por mais quatro anos, e foi sepultado, fiel ao seu voto, no hábito de um monge.



Brígida, viúva, distribuiu seus haveres, segurando apenas o necessário, e vivia perto do túmulo do seu marido, num prédio do Mosteiro. Longe do barulho do mundo, no silêncio das meditações, ela ouviu a voz do Onipotente que falou-lhe. Aí ela recebeu as primeiras revelações que se prolongaram até a sua morte. Obedecendo à ordem recebida de Cristo, ela escreveu tudo o que ouviu, na língua maternal. Numa linguagem poética e ilustrada, e em parábolas, ela vê a vida confusa do seu povo, seu passado e seu futuro; vê as desgraças da Igreja, a Vida de Jesus, a partir de Belém até o Gólgota. Durante muito tempo, ela passou por dúvidas, ignorando, se as suas visões partiam de Deus ou do diabo. E ela repetiu por muitas vezes esta oração: "Meu corpo é um jumentinho desenfreado e minha vontade é como um pássaro selvagem. Põe freio no jumentinho desenfreado, e segura o pássaro selvagem!".

Algum dia, motivada por revelações, ela apareceu no conselho real e advertiu ao rei. Todos riram dela. Mas, dentro de pouco, sua profecia se realizou. Surgiram guerras e assassínios, e família real desapareceu. As visões mandaram que ela fundasse a Ordem do Sacratíssimo Salvador, e que ela transformasse a antiga propriedade em um mosteiro. Tudo que ouviu nas visões ela escreveu num papel. Em seguida foi à Roma para ver o Papa e o Imperador, querendo pedir deles a autorização para sua fundação.
Chegando em Roma, Brígida se assustou muito. Rebanhos de cabras apascentavam dentro e fora da Basílica de São Pedro, o papa residia em Avinhão. Nas ruas de Romas as famílias Orsini e Colonna estavam em guerra, e os peregrinos viviam em perigo constantemente. Brígida sofreu muito com aquilo que viu. Ela vivia a regra de sua futura fundação. Visitava, diariamente o túmulo dos apóstolos e mártires. Durante o correr do tempo, ela dirigiu várias mensagens ao Papa Clemente VI, e lhe comunicou a ordem de Deus, para que ele voltasse para a cidade de Roma, a cidade dos Papas. O Papa não a atendeu. Só anos depois Urbano V regressou para Roma. Aí ele reconheceu a fundação da profetiza do norte. Mas, três anos depois ele voltou para Avinhão, outra vez. Passaram-se anos até ele voltar para Roma definitivamente. Foi outra visionária que conseguiu isto, Catarina de Siena.

Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou muitos deles, levou-os aos hospitais, e neste tarefa realizou obras milagrosas.

No ano jubilar, 1350, ela cuidou dos peregrinos da Suécia que vieram visitar Roma. Muitos vieram para Roma sem meios de sobreviver, cansados e exaustos da viagem. Três de seus filhos, Birger, Carlos e Catarina, que muito impressiou os romanos por sua beleza, também vieram visitá-la. Carlos faleceu por causa de uma febre na cidade Nápoles. Brígida, acompanhada por Carlos e Catarina, faz uma peregrinação à Terra Santa. Era o final de uma vida dedicada a Deus.
 

Na Suécia surgiu o mosteiro Vadstena, mas Brígida não chegou a vê-lo. Voltou a Roma em 1373, cansadíssima entrou em sua residência e sofreu fortes provações de fé. Jesus Cristo apareceu e a confortou, colocando em sua mão uma aliança. Na mesma aparição e ela se viu como uma irmã religiosa vestido com um hábito. Bem unida a Deus ela se despediu dessa terra em 23 de julho de 1373. Seus filhos assistiram a sua morte.



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