SEJAM BENVIDOS.

"O SENHOR É MISERICORDIOSO E COMPASSIVO, MAS NÃO COMPLACENTE."

terça-feira, 12 de abril de 2011

COMO SOU MISERÁVEL

DEUS VOS ABENÇOE.
Como já falamos nestes dias, vamos refletir um pouco sobre a miséria envolvida pela misericórdia. A Quaresma é um tempo perfeito para entrarmos na sela do autoconhecimento e nela vermos a nossa insignificância, que somos pó e ao pó devemos voltar. Permitir que cresça em nós as virtudes capazes de dar novo sentido a nossa vida. Entretanto, muitas das vezes não conseguimos estar de acordo com os desígnos daquele que tudo pode. A Misericórdia está a nosso favor, mas, entretanto, o nosso Eu tornasse maior e insensível a vontade daquele que tudo pode realizar. Quantas das vezes neste tempo da Paixão do Senhor estamos envolvidos com a preparação para viagens,  com o fito de descansar, de rever os parentes, a casa na praia, visitar um amigo, etc..., mas esquecemos por completo, que para haver Páscoa, antes Jesus passou por momentos de tormentos, incapaz de ser entendido em plenitude, tudo aquilo que Ele passou por nós, como se pode observar no Livro de Isaias, Capítulo 53. A proposta deste mundo é adversa a do Mestre, Ele até ressalta isto no Evangelho de São João 15, 18-25.
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito, não teriam pecado; mas agora, viram-nas e me odiaram a mim e a meu Pai. Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: diaram-me sem causa.”
 Peçamos a Jesus que Ele faça em nossa vida da mesma forma que Ele realizou no convite a Santa Faustina, que não nos preocupemos com a forma que somos convidados, mas que possamos observar que este convite está sendo feito neste momento, necessariamente não precisa ser num baile, se faz necessário é que o nosso coração miserável se atenha ao Chamado do Pai das Misericórdias, na escuta de Deus, no silêncio íntimo.

“Anos depois, escreveria em seu DIÁRIO: “Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de Suas vestes, todo coberto de chagas e que me disse estas palavras: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás? Nesse momento parou a música animada, não vi mais as pessoas que comigo estavam, somente Jesus e eu ali permanecíamos. Sentei-me ao lado de minha irmã, disfarçando com uma dor de cabeça o que se passava comigo. Em seguida, afastei-me discretamente dos que me  acompanhavam e fui à catedral de S. Estanislau Kostka. Já começava a anoitecer e havia poucas pessoas na catedral. Sem prestar atenção a nada do que ocorria à minha volta, caí de bruços diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer a seguir. Então, ouvi estas palavras: Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento. Terminada a oração, levantei-me, fui para casa e arrumei as coisas indispensáveis. Da maneira como pude, relatei a minha irmã o que havia acontecido na minha alma. Pedi que se despedisse por mim de meus pais e assim, só com a roupa do corpo, sem mais nada, vim para Varsóvia” (Diário, 9). “ Trecho Extraído do Diário de Santa Faustina.

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